Tuesday, July 30, 2013

Penico: retrocendo para progredir



Resolvemos tirar a fralda da nossa bebê mês retrasado, aos quase 19 meses de idade. Achamos que seria uma boa tentarmos porque 1) no verão ela poderia passar o dia com menos roupas e 2) ela não estava gostando nada nada de trocar fraldas mais. 

Comprei cerca de 20 training pants, que são calcinhas atoalhadas por dentro, e um penico* semelhante ao na foto acima porque ele dá mais estabilidade para bebês maiores (ela nasceu com 51 cm e 3,9 kg). Um mês antes de iniciar o processo já vinha lendo o livro Meu Penico de Leslie Patricelli, para ela. Foi um achado maravilhoso que encontrei no Brasil. Ela adora este livro mesmo 3 meses depois de sua compra. 

Iniciamos o processo a deixando só de camiseta por alguns dias depois passamos para as training pants. De tempos em tempos eu a sentava no penico. Ela fez xixi na primeira vez que a sentei. Achei que isso era um sinal positivo. Fiquei empolgada. Quando ela fazia xixi no chão eu falava ¨xixi no penico¨, num tom normal. Cocô era mais fácil de ¨pegar a tempo¨. 

Com o passar dos dias foi ficando muito claro para mim que ela não estava pronta para tirar a fralda, pois o xixi só ía parar no penico quando eu a sentava a tempo, e isso era difícil acontecer, pois era muito rápido. Digo, o sinal de que vai acontecer e a coisa de fato. Para ser sincera, a maioria das vezes não tinha sinal, apenas acontecia.

Parecia que eu ficava o dia inteiro tentando observar sinais de que ela precisava fazer xixi. Especialmente nos primeiros dias, que foram bem longos e cansativos. Além disso, eu a sentava quando não era a hora para ela, pois como disse, às vezes não tinha sinal. De forma que parecia que eu a ficava sentando no bendito penico o dia inteiro. Foram dias meio depressivos para mim, confesso.

Conversei com meu marido em duas ocasiões sobre o fato de acreditar que ela não estava pronta. Todavia ele achava que eu queria desistir. Mudei o meu approach para deixar claro que não se tratava de mim apenas, mas dela, bem como meu relacionamento com ela. Sentia que nossa ¨insistência¨ em ¨ensiná-la¨ a fazer xixi no penico seria o começo de um relacionamento conturbado com minha filha. Eu queria parar isso o mais rápido possível.

Assim, após quatro semanas sem ela se deslocar até o penico para fazer suas necessidades ficou claro para mim que ela ainda não tinha aprendido a sensação de bexiga cheia e/ou de como segurar ¨as necessidades¨. No dia seguinte disse a ela que voltaria a colocar fraldas nela, mas que se ela quizesse fazer xixi no penico tudo bem.

Desde então a sento no penico quando ela acorda pela manhã e depois da soneca do dia para manter o hábito porque não concordo em ¨engavetar¨ o penico depois de tanta repetição. Acho que seria confuso para ela, até porque ela gosta de sentar nele, às vezes, para ver seus livros.

Nos primeiros dias de retrocesso continuei colocando as training pants no final do dia, que é o horário de ¨maior atividade¨, mas aos poucos passei a colocar fralda o dia inteiro, com a diferença que comei a usar fraldas reutilizáveis com enchimento uma ou duas vezes por dia. Comprei no site sewisyourbaby quando ainda estava grávida, mas nunca tinha usado elas antes.

Com o retrocesso da nossa parte ela reclama bem menos em ter que trocar a fralda. Eu também procuro trocar mais rápido e num lugar mais confortável para ela. Hoje, um mês depois de recuarmos, ela foi até o penico por livre e espontânea vontade e fez xixi.

Foi assim, logo após sentá-la no penico, ao acordar da soneca diurna, ela levantou e se afastou dele, pois estava com medo do barulho do jato (estavam lavando nossa casa por fora). Ela disse ¨xixi no penico¨ e foi até ele e fez. :)

Então, continuaremos como estamos fazendo, indo devagar enquanto ela vai aprendendo a sentir sua bexiga cheia e a segurar suas necessidades. Acredito que quando ela estiver pronta vai avisar, assim como avisa quando fez cocô. Desde quando iniciamos a retirada da fralda ela passou a não suportar ficar com fralda com ele. Imagino que será o mesmo em relação a estar molhada.

Sentá-la no penico duas vezes ao dia não a irrita nem me deprime, então, estamos bem assim. Se eu não gosto que ¨martelem coisas na minha cabeça¨ porque eu teria que fazer o mesmo para ela sentar no penico!?

*O penico foi comprado muitos meses atrás e ela não tinha interesse algum nele. Muito pelo contrário. Se eu sugeria sentar nele, ela saia correndo. Isso, até ela ler o livro que mencionei. Comprei o penico porque ela estava me avisando que fazia o no. 2 e parecia estar pronta, mas na época era inverno. Não tinha como deixá-la sem calça nem com o aquecedor ligado.

Saturday, July 27, 2013

Bebê que não assiste tv

Vidrada na primeira tv que viu na vida em férias no Brasil aos 18 meses (detalhes no último parágrafo)

Já perdi a conta dos anos que não assistimos tv em casa. As duas televisões estão no sótão há nos. Não sentamos um dia e decidimos que não assistiriámos mais tv. É que passei a me interessar por coisas que podia assistir online. Gostei de poder escolher o que vou assistir ao invés de ficar assistindo a tudo que é colocado a minha frente. Assim, meu marido deu a idéia de ¨engavetarmos¨ as tvs. Isso aconteceu anos antes de minha bebê nascer.

Isso não significa que ela não tenha sido exposta à desenhos animados como Pocoyo, Galinha Pintadinha e Patati Patata. Muito pelo contrário. Quando ela tinha poucos meses de vida eu colocava os dois primeiros para ela assistir.

Os desenhos animados passaram a fazer parte da rotinha. Pocoyo depois do café da manhã, Galinha Pintadinha depois do almoço e outros que descobria no YouTube depois da última refeição do dia. Pocoyo e Galinha Pintadinha ¨rodaram¨ assim que ela começou a expressar seus desejos, após 1 ano de idade. Acho que ela já estava farta deles. Então achei que era hora de introduzi-la a Patati Patata e ela gostou bastante. 

Todavia, os vídeos começaram a se tornar uma fonte de frustração. Por mais que ela tenha aprendido a pedir para eu colocar os favoritos eu às vezes não acertava porque ela dizia ¨esse¨ ou ¨quero esse¨. ¨Mas qual 'esse'?¨ Eu perguntava. No final das contas percebi que os vídeos não estavam sendo uma boa. Comecei a pesquisar.

Até agora o filosofia de criação de filhos com quem mais me identifico é a RIE, que encontro no site de Janet Lansbury que é uma discípula de Magda Gerber, a fundadora de RIE - Resoucers for Infant Educares. Foi no site da primeira que aprendi a como brincar com minha filha, o que facilitou a retirada dos desenhos animados/musicais. 

Digo, foi encorajando minha filha a brincar independentemente que a preparou para isso. É que muito antes de perceber o prejuízo dos desenhos eu me dei conta que a forma de como eu me comportava enquanto ela brincava não era a melhor para ela.

Como toda mãe bem intencionada eu, às vezes, mostrava como um brinquedo era operado. No início eu achava que estava passando um tempo de qualidade com minha filha. Depois foi ficando claro que ela não se interessava muito pelos brinquedos que eu brincava, especialmente se eu fazia algo que ela ainda não tinha condições de fazer.

Por exemplo, como ela não gostava de martelar os pinos para dentro da base de madeira eu os colocava em pé no chão ou um em cima do outro. Hoje tenho até vergonha de ter feito isso, pois ela ainda não tinha a destreza para isso. Ela tentava colocar os pinos em pé no chão e ficava frustrada com toda a razão.

Então, comecei a colocar em prática a brincadeira independente, que consiste em deixar a criança escolher o que quer brincar e brincar do jeito que quiser. Não há certo ou errado ou regras ou finalidade a ser atingida. Além disso, fico quieta a observando. Se ela levanta os olhos, digo, olha para mim, eu narro o que estou vendo ela fazer ou tentando fazer. No começo é difícil, pois a criança está acostumada com a nossa interferência. 

Comprei um quebra-cabeça de letras (que você coloca num tabuleiro - é adequado para a idade dela) e ela pedia para eu colocar as letras para ela. Quando o meu dizer que ela deveria tentar não adiantava eu colocava a letra do lado do buraco apropriado, mas não dentro. E assim ela foi progredindo. Ela ficou muito feliz quando colocou todas as peças pela primeira vez. Eu mais ainda de estar presente no momento em que isso aconteceu, pois pude retribuir o sorriso. 

Hoje em dia ela brinca independentemente numa boa. É útil quando tenho que preparar algo para ela. E é isso o que ela faz nos momentos em que antes assistia vídeos no meu laptop. 

* (foto) Eu tinha acabado de trocar a fralda dela. Saí da sala para pegar a câmera e registrar o fato de que ela não levantou imediatamente após eu trocar a fralda, como de costume. Ela parece nem ter percebido que eu saí da sala de tão fixada que estava na tela. A tv deixa as crianças passivas. Brincando elas exercitam a imaginação e o corpo! E como diz Magda Gerber, o mundo já possui estímulos suficientes para os bebês. Tv não é necessário. Às vezes achamos que sim, pois precisamos fazer algo e queremos que a criança esteja bem, mas brincar é muito mais benéfico!

Sunday, July 21, 2013

Mais sete semanas de calor!?


Hoje fiquei sabendo que há um ¨guru do tempo¨ neozelandês chamado Ken Ring. Ele previu calor por mais sete semanas. Até o dia onze de setembro. Agora é ver para crer. Embora, confesso eu, que preferia não ver! 

Nunca imaginei que pudesse fazer tanto calor na Irlanda. Tampouco que pudesse não chover por tantos dias. Pelo o que tenho lido, não fazia calor assim há dezoito anos. Para você ter uma idéia, minha bebê de 21 meses me pede para dar banho nela. São três banhos por dia nos dias mais quentes. E ela custa a querer sair da banheira.

Felizmente hoje o dia amanhaceu do jeito que gosto: o sol estava todo coberto por nuvens. Foi o primeiro dia nublado em muito tempo. Assim, até curto o calor, mas do contrário sair de casa é um sacrifício. Sinceramente não entendo como algumas pessoas conseguem ficar sentadas fora de Cafés e bares totalmente expostas ao sol. Sim, as mesas não tem guarda-sol. No parque vejo mães de short tomando sol mesmo já estando com as pernas bem sapecadas . Dói só de olhar.

É um calor que nunca senti em Brasília. É páreo para Arraial d'Ajuda, em Porto Seguro, com a diferença que lá o sol bate mais quente na pele e nem na sombra tem refresco.