Monday, February 04, 2008

A Mãe Natureza incentiva a fidelidade

No sábado eu peguei vários folhetos sobre gravidez enquanto esperava o médico vir atender a paciente que eu tinha que auxilar. No folheto sobre pré-eclampsia li que a exposição da mulher ao mesmo esperma pode protegê-la desse problema que, às vezes, leva o corpo da mãe a rejeitar a placenta, causando risco de vida.

Li um artigo da BBC que dizia que fazer sexo com o mesmo homem regularmente pode preparar o sistema imunológico de uma mulher para não rejeitar o esperma dele quando estiver tentando engravidar, além de poder protegê-la contra problemas que variam de infertilidade a aborto e pressão alta durante a gravidez.

Eles explicaram que todos esses problemas podem estar relacionados a uma falha no sistema imunológico da mãe em aceitar o feto e a placenta, que contêm proteínas estranhas aos genes do pai. Se a placenta, que fornece oxigênio e nutrientes do sangue da mãe para o feto, for danificada, o resultado pode ser um bebê que nasce morto ou abaixo do peso ideal. O processo de aceitar células estranhas é chamado de modulação imunológica. Depois da relação sexual, o sistema imunológico da mulher manda células para o colo do útero para coletar proteínas do pai, para que outras células imunológicas as reconheçam.

No final do artigo eles aterrorizam dizendo que algumas vezes esse processo falha, o que pode levar a mulher a ter uma séria reação, como um choque anafilático. Ainda disseram que estudos em ratos mostraram que o TGF-beta transforma em aceitação o que seria uma reação hostil ao esperma.

Assim, se a teoria dos cientistas se confirmar, mulheres que tiverem sofrido repetidos abortos podem receber TGF-beta juntamente com proteínas do pai da criança, possivelmente na forma de gel vaginal.

A minha teoria é mais simples do que a dos cientistas. Basta permanecer fiel e esperar algum tempo até resolver ter filhos. A paciente que perdeu o bebê, há duas semanas, quando perguntada, disse à enfermeira que o pai do bebê morto é diferente do pai do primeiro filho dela, então a enfermeira disse que há relatos de mulheres que sofrem aborto nesses casos. Foi isso que dispertou o meu interesse sobre o assunto. Ela tinha pressão alta e, possivelmente isso desecandeou a pré-eclampsia. Contudo, de acordo com o que estudei é necessário ter outros sintomas, além de pressão alta, para determiná-la. Fizeram postmortem no bebê, mas não sei o resultado. 

Entretanto eu deduzo que mulheres cautelosas que desejam engravidar de um homem diferente do pai do primeiro filho devem expor seu corpo ao esperma do novo parceiro, mas tomar pípula, se não houver contra-indicação médica, por um certo tempo antes de tentar engravidar.

Em tempos de AIDS é importante trocar exames de HIV antes de se envolver sexualmente com uma nova pessoa, especialmente se não for usar camisinha. Aconselha-se esperar 3 meses a contar da última relação sexual para tanto.